quinta-feira, 30 de junho de 2016

Inocência

Só imerso na tua cona
Me sinto
Tão inocente e em paz
Como no útero da minha mãe

Foder-te

É a foder-te que sou mais eu
A lamber-te e a morder-te
Levemente
Os bicos das mamas
A beijar-te a boca por dentro
A descer-te com a língua pelo ventre até à cona
Enquanto as minhas mãos te descobrem

A beijar-te a boca por dentro
E depois a cona
E novamente a boca

E tu fodes-me de volta
Chpas-me e lambes-me o caralho
E és mais tu
E somos mais nós nesta foda

Porque é esta a nossa natureza primacial
O nosso deleite
Foder
E a foder sermos felizes
Porque nos fodemos bem

Como não fodemos com mais ninguém

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Posso até vir a ser o Presidente, mas o que quero mesmo é
Sentir o teu corpo quente
Posso até conseguir comprar um topo de gama, mas o que quero mesmo é
Devassar-te na cama
Posso até ser capa de revista, mas o que quero mesmo é
Percorrer contigo toda a lista
Posso até ganhar o euromilhões, mas o que quero mesmo é
Comer-te em todas as posições
Posso até vir a ser milionário, mas o que quero mesmo é
O teu sexo extraordinário

sábado, 11 de abril de 2015

Gaveta

Escrevo em local público, mas é como escrever para a gaveta. Tanto faz. Escrevo e pronto. Quem, um dia, possa inadvertidamente vir a deparar com isto, fará o que entender. Pode ler. Ou não. E pronto. Tanto faz.

A curva

A curva das tuas ancas
Em relevo e contraste nos lençóis brancos e limpos
Saber na ponta dos dedos a suavidade da tua pele
Saber na ponta da língua todos os sabores
Diversos em cada parte do teu corpo

A entrega com que te abandonas em mim
A delicadeza carinho curiosidade entusiasmo alegria
Com que exploras e percorres o meu corpo

Ou a lembrança de tudo isto
E o quanto é belo e vale a pena

Saber que tudo isso revivo
Em ti ou não

Anima-me

terça-feira, 7 de abril de 2015

Fffffffffff

Vou de mar a estuário, rio, afluente, ribeiro, charco, poço, lençol freático
Terra húmida, terra gretada, pó
Seca-me a vida
Por dentro
Seco
Nada brota
Nada floresce
Leva-me o vento daqui

Ffffffffff

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Poesia a dias



Sou poesia a dias
Ocasionalmente limpo o pó às letras
E nas rotinas domésticas
Encaixo a “ménage” aos livros da estante
Sem usar luvas de látex
Sem cuidar da aspereza à pele
Sou poesia a dias
Ora leio, ora escrevo
Esfrego e lavo e abrlhanto
A alma
A dias.

segunda-feira, 30 de março de 2015

quinta-feira, 3 de julho de 2014

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Nos dias mais pesados
Longos, infinitos
Em que carregamos
Penas de chumbo
E o nosso reflexo
Apenas mostra
Uma figura triste
Apagada
Cansada


Porque apenas parece ter valor
O que perdemos
E lembramos
O que não temos
E queremos
O que foi
O que um dia virá

Nesses dias infinitos
Sós
Pensamos
Que a morte dá o sentido final
A tudo
E a tudo nos juntamos
Enquanto esperamos
Pelo que se há de nos juntar

Um dia

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Breve inutilidade

Esta estranha força
Que por vezes me domina
De não fazer nada
Em nada pensar

Fico absorto no vazio
E sinto-me
Uma pedra da calçada
Que nem para rachar cabeças serve
Porque não há força que me arremesse

Sou então
Lucidamente

Uma breve inutilidade